O procurador argentino Alberto Nisman foi encontrado morto em sua casa, em Buenos Aires, neste domingo (18) à noite. Nisman acusou a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timerman de encobrir a participação do Irã em atentado contra um centro judaico em 1994.
O corpo foi encontrado pela mãe do procurador no banheiro do apartamento, no bairro de Puerto Madero, junto com uma arma de fogo calibre 22. A causa e as circunstâncias da morte serão investigadas.
O procurador deveria se apresentar hoje (19) à tarde no Congresso para explicar a denúncia contra a presidenta. A reunião foi convocada pela oposição.
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O atentado ocorreu em 1994, quando um carro-bomba explodiu na porta da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), destruindo o prédio, no centro de Buenos Aires, e matando 85 pessoas.
Nisman, encarregado de investigar o caso, acusou Cristina e Timerman de negociar com o Irã um plano de impunidade para encobrir os acusados. Entre os suspeitos estão altos funcionários do governo iraniano, com pedido de captura pela Polícia Internacional (Interpol).
O procurador apresentou relatório de 300 páginas, com informações obtidas por meio de escutas telefônicas. Ele pediu à Justiça a abertura de inquérito para ouvir depoimentos da presidente, do chanceler e de alguns aliados políticos do governo.