Os remédios custam três vezes mais no Brasil do que na Suécia, um dos países com melhor distribuição de renda do mundo. A constatação é do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que está realizando, hoje e amanhã, em Brasília, o Seminário Latino Americano sobre o Acesso a Medicamentos Essenciais e Propriedade Intelectual.
O encontro, no Centro de Convenções Carlton, do Carlton Hotel, reúne representantes de governos e organizações da sociedade de nove países. Representantes dos ministérios da Saúde do Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia e de organizações da sociedade da Costa Rica, Colômbia, Guatemala, Peru e Brasil estarão, durante dois dias, discutindo estratégias para lidar com os enormes problemas gerados pelos altos custos de medicamentos em toda a América Latina e os acordos internacionais sobre propriedade intelectual.
Entres esses acordos, pode-se destacar o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio da OMC (acordo Trips) - ainda tão pouco aperfeiçoado que permitiu, por exemplo, que a empresa japonesa Asahi Foods patenteasse como sua uma fruta tipicamente brasileira, o açaí da Amazônia.
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Segundo Otávio Nóbrega, organizador do evento, o objetivo é organizar a sociedade civil para que ela, juntamente com outros fóruns, criem estratégias que possam ser levadas à Organização Mundial do Comércio (OMC) e que esclareçam a posição dessas entidades de que os medicamentos não são bens de consumo quaisquer, mas bens indispensáveis a vida e que precisam ter seu acesso facilitado à população.
Informações Agência Brasil