O desfile de Sete de Setembro foi marcado por protestos nesta manhã contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o secretário de Educação, Gabriel Chalita, que foram vaiados no Sambódromo do Anhembi (zona norte da capital). No palanque, as vaias continuaram quando a prefeita Marta Suplicy (PT) foi anunciada no evento.
A manifestação contra o governador foi encabeçada por um grupo de funcionários da Febem (Fundação do Bem-Estar do Menor), que reclamava contra a morte de um monitor na unidade de Franco da Rocha (Grande SP) e por melhores condições de trabalho.
Militares desfilam em SP
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O desfile militar começou por volta das 9h30, foi aberto por um show pirotécnico de cinco minutos, e teve a participação de 1.800 soldados do Exército, 400 da Aeronáutica e 150 da Marinha. Em seguida, desfilaram cerca de 3.500 alunos de escolas das redes municipal e estadual.
Teve ainda show aéreo, com a apresentação de oito aviões --três Bandeirantes e quatro Tucanos e um R-99. De acordo com a assessoria do Exército, compareceram cerca de 30 mil pessoas ao sambódromo paulistano.
Febem
Das arquibancadas, o grupo que vaiou o governador usava camisetas pretas com a frase "Febem, inferno de Alckmin". Também pediam a saída de Chalita da pasta. O governador classificou o protesto como "normal", por se tratar de uma manifestação com o presidente do sindicato da categoria e com a presença de demitidos. Alguns funcionários de Franco da Rocha seguem em greve desde a morte do monitor.
O incidente ocorreu no dia 13 de agosto, durante rebelião na unidade 31 de Franco da Rocha, principal alvo de denúncias de maus-tratos a internos da fundação. Na ocasião, o agente Rogério Rosa, 32, recebeu golpes de faca artesanal no pescoço. Os internos rebelados impediram, por 45 minutos, que ele recebesse atendimento. Rosa foi socorrido pelos bombeiros, mas morreu a caminho do hospital.
O diretor da unidade 31 da Febem de Franco da Rocha, Antonio dos Anjos, deixou o cargo no dia seguinte. A sua saída era a principal exigência dos funcionários para retornar ao trabalho.
As unidades 30 e 31 de Franco da Rocha lideram neste ano as denúncias de maus-tratos e tortura na Febem. A fundação adotou linha dura nas duas unidades.
Informações Folha Online