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Protestos anti-Trump marcam feriado nacional nos Estados Unidos

20 fev 2017 às 16:39

Ativistas contrários ao governo de Donald Trump participam nesta segunda-feira (20), nos Estados Unidos (EUA), de um megaprotesto intitulado Not My President's Day (Não é o Dia do Meu Presidente), em diversas cidades de grande porte, como Nova York, Chicago, Los Angeles, Dallas e Atlanta.

O protesto deve marcar o feriado nacional de hoje em todo o país, quando é celebrado o President's Day (Dia do Presidente). A data originalmente era comemorada em tributo ao primeiro e ao 16º presidentes americanos, George Washington e Abraham Lincoln, mais recentemente se tornou uma forma de homenagear todos os presidentes dos EUA, passados e presente.


Os organizadores do Not My President's Day no Facebook publicaram um manifesto em que explicam os motivos do protesto e fazem uma retrospectiva dos 30 dias do governo Trump, listando os motivos pelos quais não concordam com sua gestão. Os manifestantes escolheram o dia não só pelo simbolismo de dizer não ao presidente, mas também porque hoje o governo completa um mês.


Central Park


Em Nova York o protesto deve se concentrar nas proximidades do Central Park ao meio-dia (14h em Brasília). Os preparativos para o evento ganharam destaque na imprensa norte-americana e redes de televisão como ABC News, NBC News e CNN divulgaram informações sobre as manifestações. Essas redes foram chamadas de inimigas por Trump, que atribuiu a elas a publicação de fake news (notícias falsas) sobre seu governo.


Manifestantes ouvidos pelo jornal USA Today disseram que não aceitam Donald Trump como presidente "devido às suas políticas sobre aborto e imigração", como explicou Nova Calise, uma das organizadoras do evento em Nova York.


Em Atlanta, capital da Geórgia, ativistas planejam a marcha Impeach now (Impeachment agora). Em Chicago, os manifestantes também usaram o Facebook para se organizar, e o protesto na cidade deve começar em frente à Trump Tower, prédio de propriedade do magnata republicano.


Rallys e Campanha


Enquanto ativistas e opositores se organizam e realizam protestos como o de hoje e o de ontem (19), que reuniu pessoas favoáveis aos muçulmanos em Nova York, entre elas Chelsea Clinton, filha do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, apoiadores de Trump também se organizam para demostrar apoio ao presidente.


Trump, por sua vez, recomeçou a realizar eventos políticos, os chamados rallys ou comícios, que adotou com sucesso durante a campanha presidencial para falar aos eleitores. No sábado (18), ele reuniu cerca de 9 mil pessoas em Melbourne na Flórida, onde defendeu seu plano de governo e sua política de segurança baseada na construção de um muro, mais rigor na entrada de viajantes e na deportação de imigrantes irregulares que tenham problemas com a Justiça.


Para reforçar sua política de segurança, Trump citou ataques terroristas recentes na Alemanha e na Suécia. "Olhem só, o que está acontecendo na Alemanha, e o que aconteceu ontem na Suécia, eles estão tendo problemas como nunca antes pensaram que seria possível", disse. Só que nenhum ataque ocorreu na Suécia, segundo as autoridades. A gafe repercutiu bastante e Trump escreveu no Twitter que havia visto a notícia em um programa da rede Fox News.


O presidente reforçou ainda suas críticas à imprensa e ao Poder Judiciário pelo bloqueio à sua ordem executiva que impedia a entrada de imigrantes. E comentou que a imprensa é a "inimiga número 1" do povo norte-americano.

Bastante aplaudido na Flórida, Trump disse que vai fazer o país grande de novo, recuperando o slogan de campanha Make America Great Again. E foi além, disse que vai fazer o país "grande como nunca foi".


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