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Investigação

Quarenta e cinco casos de assédio sexual foram registrados durante Copa

Agência Estado
11 jul 2018 às 10:20

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- Reprodução/Fifa
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Quarenta e cinco casos de assédio sexual foram registrados oficialmente durante o período de disputa da Copa do Mundo, que começou no dia 14 de junho e será encerrada no próximo domingo, em Moscou. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira pela entidade Fare, aliada da Fifa no controle de questões de discriminação no Mundial. Mas a própria Fare alerta que os números reais podem chegar a ser dez vezes maiores, já que dezenas de casos não são registrados ou nenhuma queixa é apresentada pelas vítimas.

Piara Power, diretor da Fare, aponta que os casos foram identificados desde o início do Mundial, incluindo cerca de 15 deles envolvendo jornalistas que foram alvo de assédios enquanto trabalhavam nas ruas das cidades russas e em estádios.

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"Esses são os números oficiais. Talvez, o número real seja dez vezes maior", disse Power. Para ele, os casos de sexismo foram os mais graves no que se refere à situação de discriminação durante a Copa realizada na Rússia.

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Federico Addiechi, diretor de Diversidade da Fifa, também destacou os casos de sexismo e que torcedores passaram a ser impedidos de entrar nos estádios. Mas ele alerta que, ainda que sérios, o número de ocorrências deste tipo de incidente foi pequeno diante do 1,5 milhão de torcedores, dos quais 700 mil vieram do exterior, do Mundial. "Os números foram muito baixos", disse.

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Para ele, o que ocorreu na Rússia não é uma novidade em relação ao que foi visto há quatro anos, na Copa de 2014. "Não foi diferente no Brasil", avaliou.


Na Rússia, o Ministério do Interior abriu um inquérito formal contra os brasileiros que, nos primeiros dias da Copa do Mundo, constrangeram uma mulher em Moscou, num vídeo que difundiram pela internet.

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A decisão do governo foi uma reação à denúncia apresentada pela advogada e ativista russa Alyona Popova. Numa carta endereçada a ela, a polícia de Moscou confirmou que iniciou investigações.


O documento, obtido pela reportagem do Estado, indica que um registro especial foi dado ao caso, dentro do Ministério do Interior. As autoridades tinham um mês para dar uma resposta à ativista, o que significava que tinham um prazo até 20 de julho para tomar uma decisão. Mas anteciparam o processo e, em apenas dez dias, optaram por iniciar o inquérito.

Na carta enviada ao governo, a ativista considerava que "cidadãos estrangeiros deveriam pedir desculpas publicamente, e para a menina, e todos cidadãos russos diante do sexismo, da falta de respeito às leis da Federação Russa, o desrespeito por um cidadão russo, insultos, humilhação da honra e dignidade de um grupo de pessoas com base em seu gênero".


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