A gordura do organismo está depositada nas células gordurosas as quais têm a capacidade de aumentar ou diminuir de volume de acordo com a maior ou menor quantidade de gordura absorvida no seu interior. Vários locais do corpo servem de acúmulo para estas células. Abaixo da pele existe uma camada denominada de subcutâneo. A maior parte dessas células deposita-se nesta zona.
Fatores genéticos são, sem dúvida, elementos importantes no desencadeamento de um depósito maior ou menor de gordura. Existem verdadeiras linhagens familiares que predispõem a estes depósitos. O tipo de alimentação também é um fator importante no desencadeamento de um acúmulo maior ou menor.
À medida que a pessoa avança na idade este depósito tende a ficar cada vez maior, formando uma saliência mais ou menos proeminente. Vem aí o desejo ou necessidade de se fazer lipoaspiração - que trata-se da retirada dessas gorduras indesejadas.
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Lipoescultura
A lipoescultura foi um avanço da lipoaspiração que diminuiu o tamanho das cânulas que aspiram a gordura, minimizando o trauma e as irregularidades. Permite uma recuperação mais suave. Além disso, a gordura é aspirada para uma seringa e pode ser injetada em áreas aonde se deseja um aumento de volume sem a utilização de silicone.
Cuidados para a cirurgia
Todos os cuidados para uma lipoaspiração são aplicados no caso da lipoescultura. A cirurgia é precedida de avaliação cardiológica e exames laboratoriais. É realizada em ambiente hospitalar e a anestesia utilizada normalmente é a peridural, associada a sedação que traz conforto e segurança para o paciente.
A alta se dá após 12 horas e recomendam-se dois a três dias de repouso com a utilização de um modelador. Após três dias retorna às atividades normais, excetuando-se os exercícios, que serão retomados após 10 dias, quando são retirados os pontos.
Recomenda-se ainda o uso de modelador por 30 a 60 dias para que a pele retraia de forma uniforme, assim como sessões de drenagem linfática, para rápida diminuição do inchaço.
Riscos
Como toda intervenção cirúrgica, a lipoaspiração ou a lipoescultura apresentam riscos. Mas, como não atua em órgãos vitais, é considerada uma cirurgia segura. Se todos os critérios técnicos de segurança forem respeitados, os riscos são mínimos.
A escolha do cirurgião
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica aconselha que a escolha do cirurgião deve ser feita com atenção e cuidado. Em primeiro lugar, elabore uma lista com nomes de possíveis candidatos. Informe-se sobre eles.
Um segundo passo é verificar a credencial de cada médico. Onde ele se formou, o tipo de formação específica e quantos anos de treinamento em todas as áreas de cirurgia plástica.
Quando você escolhe um cirurgião membro da SBCP, pode ter a certeza de que ele é graduado por uma faculdade de medicina reconhecida e completou no mínimo mais cinco anos de residência médica regular, sendo dois em Cirurgia Geral e três em Cirurgia Plástica.
Mas na consulta é que você vai ter a base concreta para a sua decisão final. Visite vários cirurgiões. Compare suas personalidades, opiniões e condutas. A segurança que você vai sentir no profissional é o mais importante.
Quem deve fazer a cirurgia
É importante ter certeza do que se quer antes de se submeter a uma plástica. Seja imparcial e honesto. Você realmente precisa de uma intervenção cirúrgica? Quais suas expectativas quanto aos resultados?
Se você tem auto-estima positiva, se incomoda com algum aspecto físico e deseja corrigi-lo - ou melhorá-lo, você é um bom candidato. Após a cirurgia você ficará satisfeito e se sentirá bem com os resultados.
É importante lembrar que a Cirurgia Plástica pode promover mudanças físicas, o que implica diretamente na auto-estima.
Quem não deve
Nem todas as pessoas exibem o perfil ideal para uma cirurgia plástica, mesmo que existam indicações físicas absolutas para este ou aquele procedimento. A experiência do cirurgião poderá identificar pacientes problemáticos durante a consulta inicial e, em algumas situações, ele poderá até mesmo declinar-se em operá-los.
Embora existam exceções, os pacientes que podem se beneficiar de um aconselhamento psicológico pré-operatório incluem:
Pacientes em Crise, como nas situações de divórcio, morte do cônjuge ou a perda do emprego. Estes pacientes podem, eventualmente, estar procurando atingir objetivos que transcendem o escopo de um procedimento cirúrgico. Embora possam se beneficiar pela melhoria da auto-estima, tais situações não se resolvem apenas pela mudança da aparência e isso precisa ficar muito claramente estabelecido para o candidato à cirurgia.
Pacientes com expectativas fantasiosas, como aqueles que insistem em ficar com o nariz daquele artista, esperando adquirir o seu estilo; pacientes que pretendem retornar ao seu estado perfeito após graves acidentes, ou ainda aqueles que querem reencontrar a juventude de décadas passadas.
Eternos insatisfeitos, como os pacientes que procuram compulsivamente um cirurgião após o outro, buscando as respostas que querem ouvir. Geralmente essas pessoas buscam a cura de um problema que não é físico, pelo menos não primariamente.
Pacientes obcecados com mínimos defeitos, normalmente projetam na resolução destes, a cura para todos os seus males. Pessoas perfeccionistas podem ser bons candidatos para uma cirurgia, desde que tenham a maturidade e consciência de que os resultados podem não se enquadrar exatamente com o seu detalhismo.
Pacientes com desequilíbrios mentais, que apresentam comportamento paranóico ou depressivo, podem também ser candidatos inapropriados a uma cirurgia plástica. Nestes casos só se indicará o procedimento em conjunto com o psiquiatra, uma vez que se defina que as expectativas do paciente não estão relacionadas com a patologia.