Insurgentes afegãos usaram uma menina de oito anos de idade em um ataque a bomba no qual ela foi a única vítima, informou neste domingo o governo do Afeganistão.
Em um comunicado, o Ministério do Interior disse que os extremistas ludibriaram a menina, pedindo-lhe que levasse à polícia uma bolsa dentro da qual havia uma bomba escondida.
"A criança, de coração puro e de boa fé, pegou a bolsa e levou até um carro de polícia. Quando ela se aproximava do veículo, o inimigo detonou a bomba via controle remoto, matando a criança inocente", disse o comunicado.
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Para o governo afegão, o ataque na província de Uruzgan, no sul do país, foi "um crime e um ato vergonhoso".
A região é de difícil acesso, o que dificulta a obtenção de detalhes.
O prefeito de Char Cheno, local do atentado, disse à BBC que a menina provinha de uma cidade vizinha. Para o prefeito, o incidente demonstra que os insurgentes "não respeitam limites, não respeitam nada".
Na sábado, um ataque com carro-bomba destruiu um hospital em Azra, nas proximidades da capital afegã, Cabul.
Pelo menos 38 pessoas morreram naquele ataque - que vitimou médicos e pacientes, entre idosos, grávidas e crianças. Cerca de cem pessoas ficaram feridas, presas entre os escombros.
O Talebã se apressou em rejeitar qualquer ligação com o atentado ao hospital, afirmando que não realiza ataques contra civis.
O grupo também diz que não adota a prática de outros extremistas que recrutam mulheres e crianças para seus ataques. A utilização de meninas nos atentados é mais rara.