A região Centro-Oeste apresenta as mais altas taxas de divórcio, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Nas demais regiões, as taxas se mantiveram praticamente estáveis.
As separações judiciais e divórcios por mil habitantes de 20 anos e mais de idade mostraram pequenas variações durante a década de 1990. As separações judiciais obtiveram taxas mais baixas no norte e no nordeste do que nas demais regiões.
Outra tendência observada pelos estudiosos ao analisarem os dados é o prolongamento da duração dos casamentos antes da dissolução. Em 1990, a média era de 9,5 anos. Nos 80% de todas as dissoluções de uniões havia filhos menores de 18 anos de idade que ficaram sob a guarda de suas mães.
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Também foi constatado neste levantamento que a partir da segunda metade da década de 1990, cerca de 95% dos partos ocorreram na rede hospitalar e, com isso, provavelmente se reduziu a quantidade de sub-registro de nascimentos e óbitos, que em geral era elevada, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Independentemente dessas dificuldades, porém, as informações do Registro Civil revelam aspectos interessantes a respeito do comportamento reprodutivo das mulheres brasileiras.
Até a década de 1970, as mulheres de 25 a 29 anos tinham a maior participação no total de partos registrados no país e, na década de 1980, verificou-se o crescimento da proporção de mães com idade entre 20 e 24 anos.
Na década de 1990, já era possível observar claramente o aumento da proporção de mães adolescentes em todas as regiões brasileiras, embora o fenômeno seja mais acentuado nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde os partos de mães menores de 20 anos estavam ao redor de 20% do total, em 1990.
Este fenômeno tem gerado apreensão em segmentos da sociedade e órgãos governamentais, devido à vulnerabilidade desse grupo nas questões relacionadas a aspectos biológicos e relações com a sobrevivência das crianças.