Índices de morte materna registrados no país são assustadores. No Brasil, atualmente, morrem 74,5 mulheres em cada 100 mil nascidos vivos por problemas relacionados à gravidez, parto ou aborto. O número é quase quatro vezes maior que o índice aceitável (20 mortes por 100 mil) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Paraná, a situação também é preocupante. O estado tem o pior índice entre os estados do Sul do País. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, 91 mães morreram por complicações de gestação em 2003. Apesar de ainda não haver os números oficiais de 2004, há registros de 104 óbitos maternos, um aumento de 14,28%.
Quando os números são analisados por regiões do Paraná, a situação se mostra ainda mais crítica. Em Paranaguá, no litoral, o índice de mortalidade materna registrado em 2003 foi de 148, o dobro do índice nacional e quase o triplo da média do Paraná.
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Em Londrina, o percentual de mortes dos últimos anos se mantém estável. À Folha News, a gerente de Informações da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Luiza Iwakura, informou que em 2002 foram registrados quatro óbitos maternos (para cada 100 mil bebês nascidos vivos). Em 2003, o registro foi de três óbitos maternos, e em 2004, apenas uma morte.
Entre as principais causas da mortalidade materna estão a ausência de pré-natal adequado, agentes de saúde pouco preparados para prestar atendimento às gestantes e ausência de centros de atendimento de gestação de risco.