Relatório da Aeronáutica mostra que entre o período de janeiro a julho deste ano ocorreram 22 situações de risco de choque entre aviões por conta de problemas no controle do tráfego aéreo. Falhas no plano de vôo podem ter provocado o desastre com o Boeing da Gol, que no dia 29 de setembro se chocou com um jato Legacy da Embraer matando 154 pessoas.
O dado preocupante é que 15 dias após o maior acidente da aviação áerea brasileira, um outro Boeing da Gol e um Fokker 100 da TAM passaram a apenas 60 metros um do outro em uma manobra de mudança de altitude. De acordo com as normas da aviação brasileira, a distância entre aeronaves não deve ser inferior a 300 metros.
Segundo o relatório, de 1998 a julho deste ano, foram um total de 805 situações de risco de choque entre aeronaves nos céus do Brasil. De acordo com o estudo da FAB, foi em 1998 que o perigo de uma colisão no ar foi maior: houve 134 incidentes. Em 1999, foram 108; em 2000, 98; em 2001, 121; em 2002, 74; em 2003, 86; em 2004, 82; em 2005, 80, e até julho deste ano, 22. Os números são do Departamento de Comando da Aeronáutica (DCA).