O presidente da Rússia, Vladimir Putin, "ordenou" uma campanha para tentar influenciar o resultado da eleição de 8 de novembro nos Estados Unidos. É o que diz o relatório da Inteligência Nacional sobre o caso, cuja versão "não confidencial" foi divulgada nesta sexta-feira (6).
Confirmando o que já havia sido dito pela Agência Central de Inteligência (CIA) nas últimas semanas, o objetivo do Kremlin era ajudar o republicano Donald Trump a derrotar a democrata Hillary Clinton. Contudo, apesar de o magnata ter sido eleito, o relatório afirma que a ação patrocinada por Moscou não alterou o resultado das urnas.
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos alegam que hackers russos, com a anuência do presidente Vladimir Putin, invadiram os computadores do Partido Democrata e repassaram as informações obtidas ao site WikiLeaks, de Julian Assange. Esses dados continham e-mails que indicavam um suposto favorecimento da legenda a Hillary nas primárias.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
O caso levou à expulsão de 35 diplomatas russos acusados de espionagem pelo presidente Barack Obama. Para o magnata republicano, trata-se de uma "caça às bruxas" realizada pelos seus adversários, que estão "envergonhados" por terem perdido a eleição.
"Os ataques [cibernéticos] não tiveram absolutamente nenhum efeito sobre o resultado da votação", declarou Trump, ecoando a conclusão apresentada pela Inteligência Nacional. O presidente eleito teve sua vitória ratificada pelo Congresso, em sessão conjunta, nesta sexta-feira.
Essa era a última etapa formal antes da posse do republicano e de seu vice, Mike Pence, marcada para o próximo dia 20. O magnata recebeu 304 votos no colégio eleitoral, contra 227 de Hillary, embora a democrata tenha vencido na votação popular (48% a 46%).
A discrepância nos resultados ocorre porque a eleição para presidente dos EUA é indireta. Como Trump faturou estados importantes e com muitos delegados, incluindo Wisconsin, Michigan e Pensilvânia, acabou superando a rival.