O restaurante brasileiro Flimé causou polêmica em Berlim ao anunciar que vai abrir uma filial na capital alemã no próximo dia 8 de setembro e servir carne humana.
O restaurante, cuja matriz fica em Rondônia, inclui em sua campanha de inauguração na Alemanha um cadastro para clientes interessados em oferecer partes do seu próprio corpo.
O site do restaurante não inclui no cardápio nenhuma referência direta à carne humana, mas diz seguir a cultura indígena wari, tribo da selva amazônica conhecida pela cultura do canibalismo, na qual "comer é um ato espiritual com o qual ganhamos a mente e a força da criatura comida".
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O vice-presidente da União Cristã-Democrata de Berlim, Michael Braun, expressou sua indignação com o restaurante e culinária. "Espero que seja apenas uma brincadeira de mau gosto", afirma Braun ao jornal alemão "The Bild", acrescentando que a campanha poderia ser apenas para despertar a curiosidade dos clientes.
O restaurante também já causou alvoroço em Guarajá-Mirim (RO), onde cerca de mil pessoas fizeram um protesto contra o uso de carne humana no cardápio da matriz.
Em uma entrevista divulgada no site YouTube há duas semanas, o proprietário Eduardo Amado diz que os protestos ajudam a atrair clientes e que todos deveriam provar a culinária wari, já que os clientes voltam com "um sorriso no rosto". Ele não cita em nenhum momento explicitamente o fato de oferecer carne humana no cardápio.
O endereço do restaurante de Berlim ainda é secreto. Mas para os brasileiros, há no site instruções sobre como chegar ao Flimé, em meio à selva amazônica em Rondônia.