Restos mortais ainda não identificados de tripulantes do ônibus espacial Columbia, que explodiu no sábado ao entrar na atmosfera da Terra, foram encontrados nos municípios de Sabine e Hemphill, no leste do Texas, informaram autoridades norte-americanas.
Uma placa, intacta, da missão, contendo os nomes dos sete tripulantes do Columbia, também foi recuperada na região.
As autoridades da aviação restringiram os vôos no espaço aéreo de uma região que vai de Cedar Creek, perto de Dallas, no Texas, a Fort Polk, no estado da Louisiana.
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O objetivo da medida, que forma uma área de investigações de quase 300 quilômetros de comprimento por 60 quilômetros de largura, é facilitar os trabalhos de busca.
O diretor do Departamento de Segurança Interna, Tom Ridge, pediu à Agência de Administração de Situações de Emergência que assumisse a coordenação dos esforços de recuperação dos destroços da nave.
O Columbia fragmentou-se em milhares de pedaços, que se espalharam pelo leste do Texas e o oeste de Louisiana, de acordo com a Nasa.
Em meio ao luto nacional pela morte dos sete astronautas – o comandante Rick D. Husband; o piloto William C. McCool; e os tripulantes Michael P. Anderson; David M. Brown; a astronauta de origem indiana Kalpana Chawla; Laurel Clark e Ilan Ramon, o primeiro astronauta israelense – a Nasa abriu inquérito numa tentativa de descobrir o motivo da tragédia.
"A minha promessa à tripulação e às famílias dos tripulantes é que a investigação que acabamos de iniciar descobrirá a causa, nós corrigiremos isso e seguiremos adiante", disse um dirigente da agência Bill Readdy, um veterano de dois vôos de ônibus espaciais. "Nós não podemos deixar que o sacrifício deles seja em vão", acrescentou.
Houve indícios de uma possível falha no sistema de isolamento térmico da nave, segundo o diretor do programa de ônibus espaciais, Ron Dittemore.
Mas Dittemore pediu cautela, ressaltando que não se deve chegar rapidamente a conclusões. "Ainda não sabemos de nada. São necessários muito mais análises e provas", afirmou.
Fontes da Nasa e da Casa Branca disseram que a altitude do Columbia, de mais de 60 mil metros, torna "amplamente improvável" que a nave tivesse sido alvo de um ato terrorista.