Os consumidores devem ficar atentos. A partir de 1º de agosto, os rótulos dos alimentos deverão conter novas informações nutricionais. Os valores de referência do total de calorias a serem consumidas diariamente caíram de 2,5 mil para 2 mil.
Não será mais necessário, por exemplo, indicar a porcentagem de colesterol, ferro ou cálcio. Mas a quantidade de gorduras trans será obrigatória. Prejudiciais à saúde porque engrossam e entopem os vasos sanguíneos, as gorduras trans existem na carne dos animais ruminantes e também são produzidas em grande quantidade nos processos industriais de fabricação de margarinas, por exemplo. A recomendação máxima para ingestão diária de gorduras trans é de duas gramas.
A redução de 500 calorias nos valores de referência diários baseia-se em estudos e visa a reduzir a obesidade. O consumidor poderá calcular quantas calorias ingere.
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Os novos rótulos deverão conter os valores de carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas (mais grossas, presentes em alimentos de origem animal e perigosas para a saúde), gorduras trans, fibras alimentares (parte "dura" dos vegetais, que não é digerida, mas limpa as paredes dos intestinos e expulsa gorduras ruins) e sódio (sal de cozinha, que aumenta a pressão).
Ao lado de cada item, devem constar valores de referência indicados pela Anvisa, como, por exemplo, 300 gramas para carboidratos, 75 gramas para proteínas etc.
Outras informações nutricionais deverão ser obrigatórias nos rótulos se isso fizer parte do apelo do produto. Caso o fabricante diga que o alimento é rico em ferro, vai ter de especificar a quantidade da substância.
Os rótulos também trarão medidas caseiras como xícaras de chá, copo, colher de sopa, chá ou prato raso ou fundo.
Retirada do colesterol é criticada - A retirada dos valores de colesterol nos rótulos foi um ponto negativo apontado pela nutricionista Sandra Chemin, coordenadora do curso de Nutrição da Universidade São Camilo. Ela diz que essa era uma informação que facilitava a vida dos consumidores. "Indicamos aos pacientes que a quantidade ideal de ingestão por dia é de 200 a 220 miligramas. Se ele tiver um referencial nas embalagens, fica mais fácil".
A inclusão da gordura trans é um avanço, segundo Sandra. "Os estudos indicam que, num futuro próximo, vamos ter um controle severo sobre a ingestão dessa gordura".Para a nutricionista, os consumidores saem ganhando também com a inclusão das medidas domésticas. "Muitas vezes os rótulos confundem. Com essas medidas, vai ficar mais fácil para as pessoas terem idéia da quantidade".
Fonte: AE