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Toxina mortal

Saúde do PR alerta para os perigos da lagarta Lonomia

Redação Bonde
09 mar 2008 às 15:55

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Os espinhos da Lonomia contêm uma toxina que pode causar distúrbios da coagulação sanguínea - AEN
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A Secretaria estadual da Saúde alerta para a maior incidência da lagarta Lonomia nos meses quentes da Primavera e Verão, principalmente no meio rural e eventualmente nas áreas urbanas. Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses da Secretaria, Gisélia Rúbio, nas regiões mais quentes, como Norte Velho e região de Londrina, são encontradas durante o ano todo.

A alimentação do inseto é preferencialmente folhas das árvores silvestres e algumas frutíferas como, pêssego, ameixa, abacate, goiaba, maçã, manga, ariticum, e o período de alimentação é durante a noite. "Deve-se tomar cuidado, pois quando estão em grupo podem ser facilmente confundidas com o tronco", alerta Gisélia, que também esclarece que normalmente as lagartas ficam nas partes mais baixas das árvores. Esse fato é apontado como a principal causa de acidentes.

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Gisélia Rúbio alerta que a Lonomia, que possui cerca de 6 centímetros de comprimento, pode matar em até quatro dias, caso o acidentado não procure atendimento médico. Elas possuem o corpo revestido de espinhos como se fosse um pinheiro. Estes espinhos contêm uma toxina que pode causar distúrbios da coagulação sanguínea (o sangue fica incoagulável), levando a uma hemorragia.

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Neste ano já foram confirmados 14 acidentes com uma morte em Clevelândia. Até então, a última morte notificada foi registrada em 2004, no município de Tijucas do Sul. "Para evitarmos que os acidentes aconteçam, é necessária muita divulgação para que a população reconheça a lagarta e evite o contato com ela", explica Gisélia Rúbio.

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O tratamento indicado na grande maioria dos casos é a soroterapia. Este soro depende diretamente de taturanas vivas, por isto é importante que os serviços de vigilância sanitária dos municípios fiquem atentos ao aparecimento das lagartas Lonomia para possam enviá-las à Secretaria de Estado da Saúde, que por sua vez as repassa para o Instituto Butantan, em São Paulo.


O Ministério da Saúde alerta para o fato de regiões que nunca indicaram a presença do inseto estarem tendo acidentes graves pelo desconhecimento tanto dos moradores como dos serviços médicos. No Brasil os Estados que registram estes acidentes com freqüência, são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e alguns estados da Amazônia. Ano passado ocorreram acidentes em Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais e Nordeste.

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"É importante olhar atentamente para as folhas e troncos das árvores, verificando a presença de folhas roídas, casulos ou pupas e fezes de lagartas. Além disso, sempre usar luvas quando for manipular troncos, árvores frutíferas ou em atividades de jardinagem", avisa a bióloga da Secretaria. A Lonomia vive em grupos contendo até centenas de lagartas e sua coloração em geral é marrom-claro esverdeada ou marrom amarelada, com três listras de cor castanho escura.


Caso alguma lagarta seja encontrada, poderá ser levada em um recipiente fechado ao Serviço de Vigilância Sanitária ou Centro de Zoonoses para identificação.

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O que fazer em caso de contato com Lonomia


1. Lavar o local do contato de preferência com água e sabão.

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2. Não fazer cortes, perfurações, torniquetes, nem colocar
produtos caseiros, pois estes agravam o envenenamento.


3. Manter o acidentado calmo podendo oferecer água ou chá para beber.

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4. Levar a vítima, rapidamente, para o serviço médico mais próximo, levando se possível o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico.


5. Lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento.

Telefone de emergência: 0800 41 0148 Centro de Controle de Envenenamentos.


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