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Doação de órgãos

Saúde quer acabar com fila de transplantes em 4 anos

Bonde, com informações da Agência Brasil
17 nov 2003 às 17:21

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Segundo os planos do ministério, a fila deve diminuir gradativamente, sendo 3% no primeiro ano, 6% no segundo, 9% no terceiro chegando a 12% no último ano. Dessa forma, a fila de transplantes no Brasil passaria, dos atuais 56 mil pessoas a espera de um transplante, para 22 mil no final dos quatro anos. Nesse ano serão realizados mais de oito mil transplantes.

Para alcançar essa meta, o ministro da Saúde, Humberto Costa, lança na terça-feira, em Brasília, uma campanha de conscientização sobre a importância de doação de órgãos. Com o slogan "Doe Vida. Seja um doador de órgãos", a campanha será veiculada nas televisões e rádios do todo o país de 19 de novembro a 3 de dezembro. Também serão distribuídos panfletos e cartazes.

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A pessoa interessada em ser doadora precisa comunicar a decisão aos familiares. Em caso de morte encefálica devidamente diagnosticada, cabe à família dar autorização para a retirada de órgãos e tecidos.

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O percentual de famílias que autorizam a doação é variável no país, apresentando índices maiores e menores entre os estados.Podem ser identificadas várias causas para esta variação, como educação continuada, fatores sociais e culturais, entre outros.

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Em 2002, a córnea encabeçou a lista dos órgãos e tecidos mais transplantados, com 3.496 procedimentos. Em seguida vêm o rim com 2.645, medula óssea 871, fígado 523, esclera 132, coração 126, rim/pâncreas 100, pulmão 21, pâncreas 17, pâncreas após rim 12.


O Brasil é o segundo país no número de transplantes, só perde para os Estados Unidos. O país investiu no ano passado R$ 280 milhões, o que significou cerca de 92% das operações realizadas. Segundo o Ministério, o custo médio de cada cirurgia fica em torno de R$ 35 mil reais. Este ano a previsão é de R$ 343 milhões.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) conta com 22 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos estaduais e oito centrais regionais, cobrindo praticamente toda a extensão territorial, com exceção dos estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins. Estão credenciados, até o momento, 449 estabelecimentos de saúde e 1.033 equipes especializadas para a realização de transplantes no Brasil.


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