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Emigração

Sebrae e ABD criam programa de apoio aos dekasseguis

Redação - Bonde
19 jun 2003 às 16:57

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Os milhares de dekasseguis, brasileiros descendentes de
japoneses, que trabalham no Japão serão o alvo de programa que o Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a ABD
(Associação Brasileira de Dekasseguis) vão firmar. A idéia é capacitar os emigrantes para que, quando retornarem ao Brasil, tenham condições de montar e gerir um negócio próprio.

A proposta de criação do Programa de Apoio do Sebrae ao Dekassegui
Empreendedor foi entregue pela ABD nesta quarta-feira (18), data de
comemoração dos 95 anos de imigração japonesa, ao diretor de
Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Paulo Okamotto. O documento
foi apresentado pelo coordenador do programa na ABD, Kiyoharu Miike, em
companhia do deputado federal Alex Canziani (PTB-PR).

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Pela proposta do programa, até o final deste ano será realizada uma
pesquisa junto aos emigrantes nos quatro Estados que mais concentram
comunidades japonesas - São Paulo, Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul. O
governo japonês calcula que haja 265 mil emigrantes brasileiros vivendo no
Japão.

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Esse levantamento vai reunir informações sobre a situação desses
emigrantes no Japão e o retorno deles ao Brasil, como é esse retorno, qual
bagagem cultural e econômica eles trazem e qual a expectativa quanto ao
mercado de trabalho no país.

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"Eles voltam para o Brasil com o know-how de terem trabalhado e vivido em
um país de Primeiro Mundo, mas não têm conhecimento de empreendedorismo",
observou Miike. Segundo ele, muitos pequenos negócios são abertos no
Brasil por descendentes de japoneses que trabalharam no Japão, mas grande
parte deles não tem embasamento sobre administração e gestão de negócios e
acabam não prosperando.


Após a pesquisa prevista pela proposta, começarão as ações de treinamento,
voltadas para o empreendedorismo e para a cidadania, apoio a novos
negócios de japoneses no Brasil e as relações comerciais bilaterais entre
empresas brasileiras e japonesas. Outras empresas e órgãos públicos do
Brasil devem ser envolvidos no programa, sublinhou Miike.

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Para o diretor do Sebrae, o programa "trará um ganho para o Brasil à
medida que essas pessoas voltarão mais preparadas para atuarem no mercado
nacional". Na avaliação dele, esses emigrantes têm um potencial econômico
e cultural muito grande para atuar no Brasil.


De acordo com o deputado Alex Canziani, dados do governo japonês mostram
que, nos próximos 15 anos, o número de dekasseguis deverá triplicar. "Isso
é uma prova de que devemos investir para que essa comunidade dê também
retorno mercadológico ao país e tenham melhores condições de vida", disse
Okamotto.

Informações da Agência Sebrae


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