Por causa da estiagem, a Região Sul do País continua recebendo energia das regiões Sudeste e Centro-Oeste para suprir suas necessidades de consumo. Segundo o Ministério de Minas e Energia, as transferências, que em fevereiro eram de 3.200 megawatts (MW) médios, alcançaram a casa dos 5.000 MW médios no mês passado e podem ainda subir para até 5.300 MW médios. O aumento de transferências, que pode até não ser necessário caso as chuvas voltem à Região Sul, foi autorizada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
No mês de junho, o nível médio dos reservatórios das hidrelétricas da Região Sul foi de 29,77%, o mais baixo para meses de junho desde 2000, quando a capacidade média dos reservatórios estava em 29,60%. Nos primeiros dias de julho, o nível dos reservatórios do Sul caiu um pouco mais, chegando a 29,29% nesta segunda-feira (10), segundo informação do Operador Nacional do Sistema (ONS). Mas, com o reinício das chuvas na região, a expectativa dentro do governo é de que, como vem ocorrendo historicamente, os reservatórios do Sul comecem agora a se recompor. Porém, segundo o Ministério de Minas e Energia, mesmo que as chuvas de julho fiquem aquém da média histórica, o abastecimento da região está garantido.
Além das transferências de energia, o CMSE, para garantir o suprimento da Região Sul, autorizou o despacho de energia de usinas termelétricas da própria região, que garantem mais 1.050 MW médios. Também estão contribuindo Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Termelétricas (PCTs) e importações de energia, com mais 215 MW médios.