Cerca de 200 sem-terra ligados à Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas Gerais, um braço da LOC (Liga Operária e Camponesa), invadiram nesta quinta-feira a sede do Incra em Belo Horizonte.
Eles reivindicam o assentamento para cerca de 600 famílias que estão acampadas no município de Jaíba após terem sido retiradas, por ordem judicial, há quase um mês, das seis fazendas que haviam invadido.
Os sem-terra chegaram a ocupar os gabinetes da superintendência mineira do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), mas depois foram convencidos pelo superintendente regional, Marcos Helênio, a deixarem os gabinetes. Invadiram então o saguão e o auditório, onde pretendem ficar até conseguiram garantias de terras para assentamento.
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Eles foram retirados das fazendas porque duas delas estão dentro de uma reserva florestal e as outras quatro são áreas de proteção ambiental. A retirada deles teve o apoio de órgãos ambientais do Estado. O Incra pediu aos sem-terra um prazo de 20 dias para fazer vistorias em outras fazendas em Jaíba, mas os sem-terra da LOC não aceitaram. Eles têm comida para três dias.
O Incra vai montar uma comissão para discutir a questão desses sem-terra, convocando inclusive os órgãos ambientais do governo.
"Estão há três anos empurrando o problema. Nós vamos ficar aqui até termos a garantia de terra, ou então vamos voltar e invadir o Projeto Jaíba [um programa de irrigação que é financiado por órgãos internacionais]", disse Adonias Félix Sobrinho, um dos coordenadores da Liga.