Cerca de 120 representantes de países da América Latina, Caribe, Estados Unidos e Espanha se reúnem de hoje (24) até quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, para debater estratégias regionais para a implementação do Plano de Ação Internacional de Madri, de 2002, do qual o Brasil é signatário. O objetivo do plano é promover políticas públicas e iniciativas sociais para oferecer envelhecimento com saúde e qualidade de vida à população idosa desses países.
Um levantamento divulgado no final de 2005 pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Secretaria especial de Direitos Humanos (Sedh) apontou que há cerca de 17,6 milhões de brasileiros com 60 anos ou mais.
Para Jurilza Mendonça, secretária-executiva do Conselho Nacional dos Direitos dos Idosos, ligado à secretaria, a troca de experiência entre as nações é fundamental para o desenvolvimento sadio da defesa dos direitos dos idosos. "O processo de envelhecimento nos países europeus é mais antigo e levou mais de 100 anos. No Brasil foi muito mais rápido, por isso temos que acompanhar com rapidez também, aprendendo com as experiências que eles acumularam ao longo dos anos".
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Segundo ela, dentre os países da América Latina, o Brasil se destaca no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para essa população específica. A criação do Estatuto do Idoso e o Plano de Ação de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, ela diz, são alguns desses avanços. Mendonça destacou, no entanto, a importância da mobilização dos idosos para o sucesso dessas ações.
"O envelhecimento é um privilégio que nem todos têm. E o idoso, como protagonista, tem que conhecer mais a legislação específica e se mobilizar para lutar pelos seus direitos", observou. "Os idosos vivem melhor no Brasil hoje do que há 20 anos".
O encontro é preparatório para a Conferência Regional Madri+5, que será realizada em Brasília, em novembro de 2007, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).