As pesquisas científicas e a privatização das universidades e faculdades foram temas amplamente discutidos nesta sexta-feira durante o 7º Seminário Anglo-Brasileiro em Ciência, Educação e Tecnologia, promovido na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). De acordo com o professor Marcos Manuel Maciel Formiga, do Ministério da Integração Nacional e da Universidade de Brasília (Unb), a privatização e a proliferação de faculdades privadas pelo Brasil são ''sinais perigosos para o futuro do Brasil''.
Formiga destacou que dois terços dos cursos das faculdades privadas são nas áreas sociais e humanas. ''Isso é um exagero, um equívoco. O crescimento dessas faculdades no Brasil representa um sinal perigoso. Estamos crescendo em quantidade e caindo em qualidade'', declarou.
Outro desafio para o governo federal, segundo Formiga, é a extinção do vestibular. ''Tem que haver vagas para todos que queiram entrar no ensino superior. E as universidades têm a obrigação de garantir um ambiente adequado para que a pesquisa e a tecnologia sejam incentivadas'', alertou. Apesar dos dados ainda não serem satisfatórios, nos últimos 20 anos houve um crescimento acentuado de estudantes que ingressam no ensino superior. Em 1980, eram 1,3 milhão de alunos. Em 2000, foram 2,7 milhões.
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O Brasil é o 21º na produção de artigos científicos e publicações em todo o mundo. Dos países em desenvolvimento, perde apenas para a China e a Coréia. ''Existe uma demanda reprimida por conhecimento'', ressaltou. Ele enfatizou a importância de intercâmbios de informações entre universidades brasileiras e européias. A presidente do Conselho do Instituto de Educação de Londres, Lady Elizabeth Vallance, falou sobre as atividades realizadas entre o Reino Unido e o Brasil. Ela citou entre os países com maior participação em intercâmbio de estudos científicos o Brasil, Israel, México e Argentina.
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