Pelo menos 44 civis morreram nesta terça-feira (19) em bombardeios aéreos atribuídos à aviação síria em dois mercados na província de Idleb, controlada pelo ramo local da Al-Qaeda. Os dados são do último balanço do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Ao falar sobre o massacre, o observatório disse que pelo menos 37 civis morreram nos ataques em Maaret al-Noomane. Segundo a mesma fonte, sete civis morreram em outro ataque a um mercado de peixes em Kafranbel.
Na mesma província, três crianças morreram por mísseis lançados por rebeldes islâmicos sobre a cidade xiita de Kafraya, um dos dois últimos redutos na região do regime do presidente Bashar al-Assad.
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Desde 2015 a província de Idleb está dominada pela Frente al-Nusra, o ramo sírio da Al-Qaeda, que assim como o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) está excluído da trégua em vigor desde 27 de fevereiro entre regime e os rebeldes.
Os ataques aos mercados, os mais sangrentos desde o início do cessar-fogo, ocorreram após o anúncio pela oposição no exílio da suspensão da sua participação em negociações de paz que ocorrem em Genebra, ao acusar o regime de se aproveitar do diálogo para continuar a "bombardear os civis", em uma Síria assolada pela guerra desde 2011.
O observatório sírio acrescentou que pelo menos sete civis foram mortos na província de Damasco em ataques na cidade de Bala, um reduto da rebelião perto da capital.
Os combates também prosseguem na província de Lattaquie entre regime e oposição, um dia após dez grupos islâmicos terem anunciado uma ofensiva coordenada contra as tropas do regime neste reduto de Assad, em resposta a "violações" da trégua.