A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), alertou para o fato de que a grave situação na usina Daiichi, em Fukushima, Japão, ainda pode piorar, apesar da melhora gradual observada nos últimos dias.
"Nós precisamos estar cientes de que isso ainda não terminou. Ainda podem surgir acontecimentos novos e sérios", afirmou Denis Flory, vice-diretor-geral da AIEA. A situação em Fukushima "continua muito séria", disse.
Entre outras coisas, a AIEA está preocupada porque ainda não foi possível determinar se os vasos de contenção de radiação em torno dos reatores 1, 2 e 3 estão intactos ou danificados. Outra fonte de preocupação são os reservatórios de água onde fica o combustível dos reatores 1, 2 e 4.
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A AIEA afirmou que não está recebendo qualquer informação sobre temperatura e níveis de água nesses reservatórios, onde as barras de combustível nuclear são colocadas para serem resfriadas. Segundo a AIEA, os altos níveis de radiação ainda estão sendo medidos na usina e na área de evacuação de 20 quilômetros em torno da unidade.
Flory destacou, no entanto, que o acidente em Daiichi não é comparável ao de Chernobyl, na Ucrânia, ocorrido em 1986, o pior da história da energia nuclear. Naquele acidente, um incêndio que durou mais de 10 dias lançou radiação até uma altura considerável na atmosfera, o que fez com que ela tivesse um grande alcance.