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Segundo Unicef

Situação no Iraque ameaça 2 milhões de crianças

BBC Brasil
23 dez 2007 às 12:00

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Cerca de 2 milhões de crianças no Iraque enfrentam ameaças devido a doenças, desnutrição, falta de escolas e violência, segundo relatório divulgado pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência. A agência da ONU afirma que as crianças iraquianas ficaram mais vulneráveis em 2007 e ainda pagam um preço alto pelo conflito no país.

Segundo o correspondente da BBC em Bagdá, Joe Floto, o relatório afirma que centenas de crianças morreram ou foram feridas. Outros milhares perderam a principal fonte de sustento da família por causa de violência ou de seqüestros.

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A cada mês, uma média de 25 mil crianças precisa deixar suas casas junto com suas famílias, fugindo da violência ou de intimidação.

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O cenário no país cria uma situação de penúria para muitas crianças e prejudica o acesso à saúde pública e à educação, de acordo com o relatório. O Unicef calcula que cerca de 750 mil crianças iraquianas não freqüentam o ensino primário.

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Otimismo


Mas o Unicef também manifesta otimismo quanto à redução na violência observada nos últimos meses e diz que atualmente uma janela está se abrindo para uma maior entrada de ajuda internacional no Iraque.

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A organização também relata progressos em outros setores: milhões de crianças foram vacinadas no último ano, segundo o relatório.


A agência também avalia que a diminuição na violência, além de facilitar a entrada de ajuda, também pode ajudar a dar uma visão mais exata do que o conflito causa às crianças iraquianas.

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O representante especial do Unicef para o Iraque, Roger Wright, disse à BBC que a agência está mais otimista para 2008.


"2008 deverá ser um ano muito mais positivo para as crianças (no Iraque), especialmente no setor de educação", afirma Wright. "Há mais estabilidade, e as pessoas e os pais estão mais tranqüilos e confiantes para enviar seus filhos à escola."

"As próprias crianças estão mais receptivas à educação, sem se preocupar como no passado", acrescenta. "Obviamente, ainda existem alguns pontos problemáticos, mas, em geral, estamos otimistas com o próximo ano."


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