Uma mulher indiana de 70 anos foi condenada à prisão perpétua na Grã-Bretanha por ordenar a morte da nora. Bachan Athwal, da religião Sikh, e seu filho Sukhdave, de 43 anos, tramaram juntos a morte de Surjit Athwal, de 26, porque ela queria se divorciar do marido.
Bachan deverá servir pelo menos 20 anos pelo crime. Ela é uma das mulheres mais velhas a receber prisão perpétua pela Justiça britânica. Seu filho, também condenado à prisão perpétua, servirá um mínimo de 27 anos.
Para Bachan Athwal, Surjit estava manchando a honra da família ao pedir o divórcio e tinha de ser "eliminada".
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Surjit, mãe de dois filhos, com idades de nove meses e seis anos, foi convidada pela sogra para ir a um casamento na Índia em 1998 e nunca mais foi vista.
Ela foi estrangulada. Seu corpo foi atirado no rio Ravi, na fronteira com o Paquistão, e jamais encontrado. O marido tentou encobrir o crime enviando cartas falsificadas às autoridades indianas.
Bachan chorou ao ouvir a sentença no tribunal Old Bailey, em Londres. Seu advogado disse que a cliente, que é avó e sofreu um pequeno derrame durante o julgamento, pode morrer na prisão.
O veredito marca o fim de nove anos da batalha judicial para trazer justiça à família de Surjit. Seu irmão, Jagdeesh Singh, criticou a apatia das autoridades britânicas e lentidão inicial nas investigações sobre o caso. E pediu ao governo britânico que convença as autoridades indianas a julgar o irmão de Bachan, Darshan Athwal, também suspeito no caso.