"Existem alguns cidadãos no mundo que você pode contaminar, e outros que não pode - e eles são diferenciados pelo seu poder aquisitivo ou pela cor do seu passaporte", disse o coordenador de políticas públicas para a América Latina e Caribe do Greenpeace, Marcelo Furtado, sobre a soja contaminada rejeitada pela China.
Furtado afirmou que isso é uma lição para as empresas multinacionais que estão agindo de maneira irresponsável e explicou como a 11ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, a Unctad, pode pressionar governos e multinacionais por alimentos de qualidade.
Os problemas começaram em abril, quando os chineses recusaram seis carregamentos brasileiros de soja brasileira, totalizando 359 mil toneladas. Os chineses alegaram que grãos sadios estavam contaminados com sementes tratadas com os fungicidas Carboxin e Captan.
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"As empresas não só deveriam ter um comportamento ético, mas também deveriam existir instrumentos legais internacionais que pudessem puní-los", afirmou Furtado.
Informações da ABr