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Pneumonia atípica

SRAS faz mais quatro vítimas em Hong Kong; Índia registra primeiro caso

17 abr 2003 às 17:25

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As autoridades sanitárias de Hong Kong informaram nesta quinta-feira a incidência de mais quatro mortes de pneumonia asiática , enquanto a Índia notificava seu primeira caso da doença. Já a pressão sobre a China aumenta para que revele a extensão real da epidemia.

Assim, sobe para 65 o número de pessoas que morreram da doença em Hong Kong, sem contar a baixa de um americano que estava sendo trazido da China.

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No total, as autoridades sanitárias de Hong Kong registram 1.297 casos da doença no atual momento.

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Pela primeira vez na Índia, um país de mais de 1 bilhão de habitantes, o Instituto Nacional de Virologia confirmou nesta quinta-feira um caso de Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS) no estado de Goa (Oeste).

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"O homem ficou doente há dois dias. É de Goa, mas viajou a Hong Kong, Cingapura e Bombaim antes de voltar a Goa", declarou o médico A.C. Mishra, diretor do Instituto.


No resto do mundo, continuam os registros de novos doentes com mais sete casos suspeitos no Canadá, um na Malásia e quatro na Coréia do Sul.

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Ao mesmo tempo que confirmou a identificação do coronavírus como agente patogêncio do SRAS, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu à China que acelere seus procedimentos de comunicação de novos casos.


Isto aconteceu depois que a OMS em Pequim se deu conta de que vários doentes de pneumonia asiática não constavam nos balanços oficiais.

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Somente em Pequim, a OMS destacou nesta quarta-feira que o número real de casos poderia ser cinco vezes maior que o declarado, o que demonstra que os números oficiais chineses que falam em 1.457 casos e 65 muertes estão muito subestimados.


A China é a região mais afetada pelo vírus da SRAS. Aparentemente, os primeiros doentes apareceram na província meridional de Guangdong e de lá se espalharam rapidamente, via Hong Kong, para o restante do mundo nos dois últimos meses, com um balanço global de 161 mortes entre os mais de três mil doentes em duas dezenas de países.

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A edição asiática do Wall Street Journal destacou nesta quinta-feira em um editorial que é essencial que os dirigentes chineses tomem medidas proporcionais à gravidade da crise, evitando assim que ela tenha um efeito devastador sobre a economia asiática.


"A forma lamentável como Pequim gerenciou esta crise não apenas custou vidas humanas e perdas financeiras, mas minou, no país e no exterior, a confiança na capacidade de um pequeno grupo de dirigentes autoritários, mas pragmáticos, de levar o país sem dificuldades em direção à modernização e à globalização", destaca o jornal.

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Entretanto, apesar das revelações da OMS, a imprensa oficial chinesa não mencionou nesta quinta-feira novos casos de SRAS em Pequim e continua cobrando informações sobre a dimensão do contágio.


Os números informados nesta quinta-feira à OMS pelo Ministério da Saúde chinês anunciavam somente 12 novos casos. Entre estes últimos está pela primeira vez um na remota província de Ningxia, o que demonstra que a epidemia continua se espalhando pelo país.

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A confirmação de que a doença é causada por um coronavírus e a decodificação do seu DNA constituem um avanço para o médico James Leduc, do Centro de Controle de Doenças de Atlanta (EUA), que, entretanto, advertiu que serão necessários "meses até anos" para elaborar um tratamento completo.


Este avanço, graças aos esforços de uma rede de 13 laboratórios de dez países, também deve permitir a criação de testes de diagnóstico confiáveis.


Em Hong Kong, o chefe do executivo, Tung Chee hwam, não escondeu que a luta contra epidemia pode ser longa. "Por um lado, temos que controlá-la, por outro, devemos aceitar que estará aqui por certo tempo. Devemos aprender a viver com ela", declarou Tung em uma coletiva de imprensa.


Desde a advertência da OMS aos viajantes para que evitem Hong Kong, a vida na ex-colônia britânica mudou radicalmente. Muitas ruas estão desertas, as pessoas usam máscaras em locais públicos, o comércio despencou e 40% dos vôos foram cancelados.

A publicação Far Eastern Economie Review anunciou nesta quinta-feira que a epidemia causou perdas estimadas em 10,6 bilhões de dólares na Ásia.


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