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Máfia dos cigarros

STJ nega liberdade a delegado acusado de integrar máfia

Bonde, com informações da Agência Brasil
29 dez 2003 às 15:18

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O delegado Nicola Romanini continuará preso. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Nilson Naves indeferiu a liminar pedida pela defesa do delegado para que ele aguardasse o julgamento em liberdade.

Ele está recolhido no Presídio Especial da Polícia Civil desde setembro deste ano, acusado de pertencer à chamada Máfia dos Cigarros, em São Paulo.

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Romanini foi preso após a investigação deflagrada para apurar as atividades de Roberto Eleutério, conhecido como Lobão, envolvendo falsificação de cigarros e contrabando ou descaminho em geral, ter resultado em investigação local (em São Paulo) determinada pela juíza corregedora da Capital em 12 de setembro.

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Já no dia 15, o delegado da Polícia Civil teve sua prisão preventiva decretada, tendo imediatamente se apresentado para o cumprimento da ordem.

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Alega a defesa que, embora decretado segredo de justiça, a imprensa "tal qual tempestade inundou a sociedade com informes obtidos de forma privilegiada (e salvo melhor juízo, ilegalmente), criando um obstáculo intransponível para a defesa, fruto do falso clamor impingido".


Segundo noticiado pela imprensa, uma delegacia de São Paulo receberia "salário" da máfia dos cigarros para não interferir na rota de transporte da quadrilha.

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Acusava cinco policiais civis de dividir cerca de 500 mil reais por ano do mesmo esquema criminoso, pagos em parcelas mensais, para escoltarem cargas da quadrilha.


A descoberta da suposta estrutura de apoio policial teria sido feita pelo Ministério Público Federal por acaso, a partir de 40 mil conversas telefônicas gravadas com ordens judiciais, envolvendo cerca de 500 números monitorados.

O esquema de cigarros movimentaria aproximadamente dois milhões de dólares americanos por semana. Do Paraguai, as cargas chegavam a São Paulo, o maior centro consumidor, depois seguiam para outros estados, principalmente os do Nordeste.


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