O governo sul-coreano confirmou a agências de notícias em Seul que o submarino USS Michigan, um submarino nuclear norte-americano com misseis guiados, chegou ao mar sul-coreano hoje (24). O submarino, movido a energia nuclear, foi enviado pelos Estados Unidos para pressionar o governo da Coreia do Norte a desistir de seu programa de armamento nuclear.
Até agora nem a Coreia do Sul nem o governo norte-americano confirmaram se o submarino vai se juntar ao porta-aviões e à esquadra japonesa que participam de exercícios conjuntos no Oceano Pacífico, próximo ao Japão.
O submarino foi projetado originalmente para transportar ogivas nucleares, mas, em 2004, foi modificado para carregar armamento de menor porte. Mesmo assim tem capacidade para lançar até 100 misseis Tomahawks – arma que não requer piloto e tem alcance de quase 2 mil quilômetros.
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O envio do submarino ocorre no mesmo dia em que o exército norte-coreano participou de um exercício de artilharia para marcar os 85 anos da fundação de seu exército.
A imprensa sul-coreana divulgou que o líder Kim Jong-Um participou da atividade e que artilharia de longo alcance teria sido testada.
Em Seul, altos funcionários dos governos sul-coreano, japonês e norte-americanos se reuniram hoje também para discutir a tensão bélica na região.
Em uma entrevista coletiva, eles disseram que vão trabalhar juntos em três frentes: diplomática, econômica e militar.
A imprensa chinesa, entretanto, repercute críticas internas sobre os exercícios militares conjuntos do Japão e dos Estados Unidos na região. O governo chinês já pediu algumas vezes mais diálogo e menos "artilharia".
Internamente, o governo norte-americano se articula junto ao Congresso para discutir um eventual ataque real à Coreia do Norte. Para amanhã (26) está prevista uma reunião na Casa Branca, entre o presidente Donald Trump, o secretário de Estado, Rex Tillerson, e uma comitiva de 100 senadores.
Eles receberam um resumo do cenário na região e da frente de ação norte-americana e seus aliados. Se a Casa Branca decidir por um ataque, Trump precisaria da aprovação do Congresso.
Sanções
Na Coreia Norte, o governo recebeu como provocação a notícia de reunião extraordinária das Nações Unidas para discutir novas sanções ao país. Previsto para sexta-feira (28), o encontro será presidido pelo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.
Em um comunicado divulgado pela TV estatal, o governo norte-coreano disse que os "Estados Unidos já alçaram a espada contra o país" e que "a Coreia do Norte também vai puxar a espada e lutar até o fim", contra o que chamou de "imperialismo".