A pensionista Lourdes Marques da Silva, 56, mãe do garçom V.S.S., 25, suspeito de matar o empresário José Nelson Schincariol, 60, em Itu (103 km de SP), acusa a polícia de agir de forma truculenta e de prender uma pessoa inocente.
Segundo ela, pelo menos 15 policiais - a polícia não confirma o número - arrombaram a porta da sua casa, reviraram o local, quebraram uma cama, levaram uma bicicleta e seu telefone celular.
"Ele estava em casa na hora em que mataram o empresário. A polícia disse que o carro que está na garagem foi usado no crime, mas esse carro não sai da garagem há dois meses porque está com defeito."
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Ela disse que seu filho foi detido há três anos e que responde a processo pelo porte ilegal de arma. A pensionista pediu ontem orientação ao promotor de Justiça de Itu, Valdevino de Oliveira.
Segundo ela, nenhum advogado procurado pela família quis assumir a defesa de seu filho. "Orientei que ela procurasse a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], que pedirá a nomeação de um advogado à Procuradoria de Assistência Judiciária", disse Oliveira.
A Justiça decretou ontem a prisão temporária por 30 dias contra o garçom, que está detido no DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa). Segundo a polícia, ele foi reconhecido por uma testemunha do crime.
O juiz José Fernando Azevedo Minhoto, da 2ª Vara de Justiça de Itu, também decretou sigilo nas investigações sobre o caso.
O empresário foi baleado ao chegar em casa, na região central de Itu, na noite da última segunda-feira. Ele foi rendido por dois homens armados após abrir o portão. Segundo a polícia, dois tiros atingiram a cabeça e o outro acertou a nuca e as costas de Schincariol. A motivação do assassinato ainda é desconhecida.
Após atirarem contra o empresário, os assassinos fugiram sem levar nada. Testemunhas disseram que os criminosos fugiram a pé.
*informações da Folha Online