Começa, em instantes, na Justiça Federal, o depoimento de 28 pessoas, entre elas 20 mulheres, suspeitas de pertencerem a uma quadrilha de fraudadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Receira Federal, provocando um rombo nos cofres públicos que pode chegar a R$ 1 bilhão.
Entre os acusados está o ex-presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, suspeito de sonegação fiscal e de intermediar contatos entre auditores fiscais e empresários.
Segundo o juiz Lafredo Lisboa, da Terceira Vara Federal Criminal, as investigações começaram há seis meses, numa operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público e Receita federal. Inicialmente, o alvo era o INSS mas, com o tempo, disse o juiz, verificou-se que a fraude maior era na Receita Federal.
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O esquema criminoso, de acordo com Lafredo Lisboa, chegava a ser terceirizado, ou seja, os fraudadores, quando não conseguiam concretizar a fraude, acionavam outras quadrilhas para promover o esquema de corrupção.
As 28 pessoas detidas inicialmente deverão cumprir prisão temporária de cinco dias até que sejam concluídas as investigaçoes, adiantou o juiz da Terceira Vara Federal.
Também estão presos o titular da Delegacia de Arrecadação Tributária, José Goez, dois auditores da Receita Federal e o intermediário Alberto Correa Neto, apontado como elo entre os vários integrantes do grupo.
Há pouco, o advogado do ex-presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, entrou com habeas corpus tentando relaxar a prisão do seu cliente. Ele alega que Edmundo está sendo vítima de vingança por parte dos empresários de Ronaldinho, processados no esquema de corrupção do propinoduto e soltos recentemente.