O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, afirmou que os atrasos e cancelamentos de vôos da TAM foram causados por dificuldades da companhia aérea para administrar a malha aérea em momentos de crise.
"Não há dúvida que, em um determinado momento, há uma perda de controle, não do ponto de vista técnico, mas de gestão. Você não consegue mais ajustar a necessidade com a capacidade. Esse desajuste, é claro, houve", afirmou Zuanazzi em entrevista coletiva, em Brasília.
Até que os vôos sejam normalizados, a TAM está proibida pela Anac de vender passagens. A companhia informou que pretende suspender as vendas até amanhã (24).
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Para ajudar a resolver o problema, a Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou sete aviões à TAM, mas por ora apenas cinco estão em operação. Segundo a Anac, a empresa irá reembolsar a FAB. Outras companhias aéreas também forneceram aviões: dois da Varig, dois da OceanAir, dois da Total e um da BRA.
Questionado durante a entrevista se existe um avião da TAM que estaria sendo usado sem o certificado de navegabilidade da Anac, ou seja, sem perfeitas condições de voar, Zuanazzi negou. Ele disse que todos os aviões da frota doméstica da companhia estão disponíveis para operação.
O presidente da Anac negou que a empresa tenha recebido certificado para aviões sem condições de segurança. "O Brasil não voa em insegurança. Isso tanto faz se a gente estiver falando de controlador, equipamento, radar, rádio ou aeronave. O Brasil segue à risca as regras internacionais. A Anac jamais, independentemente de quem seja o dono, vai fazer uma certificação sem as informações completas".
Sobre o overbooking (mais passageiros do que lugares no avião), Zuanazzi garantiu que o problema não irá se repetir. Disse que na próxima semana as centrais de reserva das companhias aéreas serão checadas. "Nossa avaliação nesse momento é positiva, de uma crise ainda não debelada, mas já com nosso controle total. O que estamos vendo nas demais empresas são volumes normais de véspera de feriado, de final de ano", acrescentou.
Agência Brasil