Com apenas 13 anos, o desempregado Valdecir Aparecido de Oliveira, hoje com 32 anos, decidiu tatuar o corpo. Um amigo fez os desenhos no braço esquerdo - uma cruz na parte superior, e uma cabeça de boi na parte inferior. Na época, como a maioria dos colegas, ele achava legal ter uma tatuagem. O problema, porém, só apareceu mais tarde, quando começou a procurar trabalho. As empresas não aceitavam as tatuagens. "Hoje me arrependo do que fiz", declara Oliveira, que mora no Jardim Leonor, na zona oeste de Londrina.
Há dois anos, Oliveira luta para encontrar uma forma de retirar as tatuagens. Conta que se sente discriminado pela sociedade. "Tatuagem é moda para rico. O pobre, quando tatua, é visto como mau elemento", desabafa.
E parece ser verdade. "Jamais vamos contratar um futuro colaborador que tenha uma `tatuagem exposta` capaz de constranger as pessoas".
Essa foi a afirmação do gerente das Lojas Riachuelo, Antônio Sampaio de Andrade, de Londrina. Segundo o gerente, as regras do mercado de trabalho são impostas pela própria sociedade. Apesar de nunca presenciar um candidato com tatuagens aparentes no corpo, concorrendo a uma vaga para funcionário da loja, Andrade considera que esse não é o perfil requisitado, principalmente, quando a função a ser exercida pelo contratado for no atendimento ao público. Para áreas internas, Andrade declara não ver objeção alguma em contratar pessoas tatuadas.
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