Os níveis de radiação no complexo nuclear de Fukushima, afetado pelo terremoto de magnitude 9 que atingiu o Japão no dia 11, caíram após técnicos conseguirem controlar o incêndio no reator 4 da usina. Na manhã de hoje (noite de ontem em Brasília), o reator 2 sofreu uma explosão.
Os níveis de radiação no local da explosão estavam em 400 milisieverts por hora (Msv) no momento do incêndio. Na entrada da usina, caíram de 11,9 para 0,6. De acordo com analistas, a maior parte radiação provém de vapor de água em contato com as barras de combustível. "Não é bom, mas não é um desastre", diz o físico australiano Steve Crossley". Seria bem pior se a radiação viesse diretamente do material nuclear.
Em pronunciamento à nação, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, confirmou o vazamento de radiação em quatro reatores. Cerca de 140 mil moradores da região foram orientados a não saírem de casa. O tráfego aéreo foi proibido em uma área de 30 km em torno da usina.
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Cerca de 70 técnicos trabalham na usina para resfriar o combustível nuclear e evitar um desastre ainda maior. Já houve explosões em três dos seis reatores da usina. Um pegou fogo e os outros dois estão se aquecendo.
Membros do governo japonês informaram à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o incêndio no reator 4 atingiu um depósito de combustível nuclear já utilizado. A radiação na entrada da usina, no entanto, regrediu, e o vento a está levando na direção do Oceano Pacífico.