O setor de telemarketing é, atualmente, considerado um grande empregador, mas também o maior "fabricante" de doenças decorrentes do trabalho no país. A avaliação é de Ivomar de Magalhães Barbalho, diretor de saúde do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Distrito Federal (Sinttel-DF), para quem esse tipo de trabalho é "adoecedor".
Os profissionais dos chamados call centers, explicou, trabalham de seis a sete horas por dia, com cerca de 15 minutos para intervalo e lanche, e outros cinco minutos para irem ao banheiro.
Ele alertou que se todas as doenças fossem, de fato, registradas, os dados estatísticos seriam muito mais altos no país e também a cobrança por parte de órgãos nacionais e internacionais ao governo: "Vão questionar como é que uma área que emprega tanta gente está adoecendo tanta gente."
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As empresas de telemarketing, segundo o sindicalista, "maquiam" as doenças ocupacionais para que pareçam doenças comuns, não adquiridas em função do trabalho.
Ele denunciou ainda que "elas aproveitam o alto número de desempregados no país, além de jovens em busca do primeiro emprego – ficou doente, elas descartam e pegam o próximo; ou, se não está atendendo, não está produzindo."