Traficantes de favelas cariocas estão adquirindo cocaína diretamente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na fronteira do Brasil com o país vizinho e, dessa forma, pulverizam a compra do ''produto'' e substituem alguns de seus grandes atacadistas, como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
A constatação é de policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio, que tem feito prisões e colhido pistas, em diversas investigações sobre o tráfico internacional, que apontam para a negociação direta de bandidos locais com a guerrilha colombiana, relatou o delegado Victor Cesar Santos. Segundo ele, Beira-Mar, que cumpre pena em Catanduvas (PR), ao ser preso teve enfraquecido o seu esquema, o que abriu espaço para novos compradores no atacado. ''É uma tendência que já detectamos há algum tempo'', disse ele.