O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou formalmente seu país da Parceria Transpacífico, um acordo comercial entre 12 nações negociado pelo presidente Barack Obama. Em sua campanha eleitoral, o empresário republicano já havia feito críticas ao acordo e dito que pretendia abandoná-lo.
O acordo, conhecido pela sigla TPP em inglês, é voltado a eliminar a maioria das tarifas e outras barreiras comerciais entre EUA, Japão, Canadá, México, Austrália, Vietnã, Malásia, Peru, Chile, Brunei, Cingapura e Nova Zelândia. A China não faz parte da iniciativa.
O memorando que anunciou a decisão de Trump foi em grande medida simbólico, já que os líderes no Congresso e o governo Obama haviam sinalizado em novembro que não haveria votação em breve sobre o TPP.
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Ainda assim, a decisão de Trump de enterrar o acordo de Obama em sua primeira semana mostra que está sério em relação a mudar a política comercial americana, após décadas em geral de liberalização, privilegiando um estilo de mais confrontação com a China e outros parceiros comerciais, com potenciais grandes tarifas para países que não se mostrarem dispostos a fazer concessões.
"Nós temos falado sobre isso há um longo tempo", afirmou Trump ao firmar o memorando.
Obama havia esperado que o TPP e suas regras comerciais pressionassem Pequim a reduzir vantagens dadas a suas empresas estatais, respeitar mais a propriedade intelectual e mesmo reduzir tarifas para além dos níveis exigidos quando o país entrou na Organização Mundial de Comércio, há 15 anos. Já Trump e seus assessores veem com ressalvas os blocos comerciais multilaterais e preferem outros métodos, como a ameaça de tarifas e a busca por acordos bilaterais.