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Trump completa um ano no poder com governo paralisado

Agência Ansa
20 jan 2018 às 10:33

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- White House
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou o segundo ano de seu mandato com o governo paralisado. Após um dia inteiro de negociações, o Senado rejeitou na sexta-feira (19) uma extensão provisória do orçamento até 16 de fevereiro, o que, na prática, deixa a administração federal sem fundos para continuar operando.

O texto havia sido aprovado na Câmara dos Representantes por um placar de 230 a 197, mas acabou rechaçado no Senado, onde precisava de pelo menos 60 votos, sendo que o Partido Republicano, de Trump, possui apenas 51 dos 100 assentos na Casa - o resultado acabou sendo de 51 contra 49.

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Um dos motivos que impediram a prorrogação provisória do orçamento foi a recusa da Casa Branca em garantir os direitos dos "dreamers", imigrantes ilegais que chegaram aos EUA ainda crianças ou adolescentes e que estão na mira do presidente.

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Esse grupo de pessoas era protegido pelo programa "Ação Diferida para Chegadas Infantis" (Daca, na sigla em inglês), criado pelo democrata Barack Obama, mas Trump anunciou a revogação da iniciativa em setembro passado. A decisão do presidente foi parcialmente suspensa pela Justiça, mas os "dreamers" ainda correm risco de deportação e têm futuro incerto.

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Além disso, os democratas cobravam a renovação do programa federal de seguro saúde para crianças pobres, mas a Casa Branca também não aceitou a contrapartida. Durante a tarde da última sexta, Trump chegou a dizer no Twitter que as negociações haviam avançado, mas o otimismo sumiria poucas horas depois.


"Os democratas querem uma paralisação para ajudar a diminuir o sucesso do corte de impostos, que está impulsionando nossa economia", disse o republicano, culpando seus adversários pelo "shutdown". "Os democratas estão mais preocupados com imigrantes ilegais do que com nossa segurança na fronteira sul", acusou Trump neste sábado (20).

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A proposta de orçamento da Casa Branca para 2018 prevê um aumento dos recursos das Forças Armadas e dos gastos em segurança na fronteira com o México. Em dezembro passado, o Congresso já havia aprovado um orçamento temporário até 19 de janeiro deste ano.


"Esse é o primeiro aniversário da minha presidência, e os democratas quiseram me dar um presente legal", ironizou o mandatário.

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Shutdown


A última paralisação do governo norte-americano ocorreu no fim de 2013, durante a "era Obama", e durou mais de duas semanas. Na ocasião, 850 mil funcionários pararam de trabalhar porque não havia dinheiro para pagar seus salários.

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Em caso de "shutdown", o governo federal mantém em funcionamento os serviços essenciais, como segurança, saúde, justiça, aposentadorias e o controle do tráfego aéreo, mas muitos servidores deixam de ser retribuídos.


Outras atividades não prioritárias, como o funcionamento de parques nacionais, devem ser interrompidas. O Pentágono já antecipou que os militares da ativa permanecerão em seus postos, evitando efeitos sobre as operações contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, por exemplo.

No entanto, o secretário de Defesa, James Mattis, alertou que a paralisação pode causar consequências nas atividades de treinamento, manutenção e inteligência.


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