Apesar do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ter prometido acabar com o Estado Islâmico (EI) de uma vez por todas, o grupo radical já está fugindo devido ao aumento da pressão sobre as suas bases. Segundo Wayne White, ex-diretor-adjunto do Escritório de Inteligência do Oriente Médio do Departamento de Estado dos EUA, a maior parte do trabalho pesado já foi feito e o EI está em rota de fuga. As informações são da agência de notícias chinesa Xinhua.
Os bombardeios aéreos contínuos dos Estados Unidos e da coalizão internacional, além dos esforços dos EUA apoiados por curdos sírios e iraquianos, pelo exército iraquiano, tribos sunitas árabes iraquianas, milícias iraquianas xiitas e, mais recentemente, pelo exército turco, reduzirem largamente o território original do EI e degradaram fortemente suas forças, disse White.
"Uma vez que a cidade de Mossul for liberada - a única área urbana verdadeiramente grande que permanece sob o controle do EI - o curso será muito mais fácil no Iraque," disse ele.
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Para o especialista os bombardeios e uma série de forças opostas em terra estão prestes a dar o golpe final no EI - tudo isso com vários milhares de conselheirosdos EUA funcionando como assessores de combate.
Segundo White, nesta fase tardia do esforço anti-EI na Síria e no Iraque, talvez o papel mais importante que Trump e os militares dos EUA pudessem desempenhar é a pressão para que as vastas fronteiras com a Jordânia e a Arábia Saudita no flanco sul, dominado pelo EI, sejam patrulhadas da melhor forma possível.
"Além de derrotar as bases do EI, um trabalho muito mais difícil para Trump será a tarefa complexa de minimizar os ataques terroristas domésticos e internacionais relacionados ao grupo contra alvos dos EUA. Isso exige esforços intensos de coleta de informações para combater as ameaças antes que eles ataquem o número quase ilimitado de alvos disponíveis," disse White.
"Esse esforço pode durar anos, e movimentos provocativos como fazer declarações anti-muçulmanas ou adotar políticas anti-muçulmanas poderiam muito bem aumentar - e não diminuir - o perigo de radicalização e a consequente violência," disse o ex-diretor-adjunto do Departamento de Estado dos EUA.