A Turquia estuda fazer um referendo sobre a possibilidade de reintroduzir a pena de morte no país, disse o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, nesta sexta-feira (29). A atitude seria uma "resposta" à fracassada tentativa de golpe contra o presidente Recep Tayyip Erdogan.
"Não podemos decidir pela onda do momento, e talvez ela deve ser assumida com um referendo, visto que trata-se de um problema sério", disse Cavusoglu em entrevista à revista alemã "Frankfurter Allgemeine Zeitung". De acordo com o chefe da diplomacia, o partido do governo AKP, está "sob forte pressão popular" para reintroduzir a medida.
"Recebemos milhares de SMS e tuítes no qual nos dizem 'se não voltarem com a pena de morte, não votamos mais em vocês", disse ainda Cavusoglu. Enquanto a pena capital não é reimplantada, as prisões e as punições para aqueles que supostamente tem relação com a tentativa do golpe militar não param de aumentar.
Leia mais:
Trump culpa governador da Califórnia por incêndios em Los Angeles
Quais eventos foram cancelados em virtude do incêndio em Los Angeles?
Ana Maria Braga critica Donald Trump por negacionismo climático
Não franzo a testa desde 1987, diz médica que descobriu o uso cosmético do botox
O ministro do Interior, Efkan Ala, informou que 49.211 pessoas tiveram seus passaportes suspensos por serem ligados ao clérigo Fethullah Gulen – acusado por Erdogan de ser o mentor por trás do golpe. Além disso, mais de 18 mil pessoas já foram detidas desde o dia 15 de julho, sendo que 9.677 prisões foram confirmadas pela Justiça.