Autoridades ucranianas disseram nesta segunda-feira que dados retirados das caixas pretas do Boeing que fazia do voo MH17 da Malaysia Airlines mostram que a aeronave foi destruída por uma "enorme descompressão explosiva" causada por estilhaços de um míssil.
A suposta causa da queda do avião de passageiros foi revelada pelo coronel Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança e de Defesa, mas não foi confirmado por autoridades europeias, que vem analisando os dados do avião.
A aeronave caiu no dia 17 de julho, quando fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, com 298 pessoas a bordo. O Boeing voava a 33 mil pés sobre uma zona de conflito no leste da Ucrânia, altitude que, segundo especialistas, só pode ser atingida por sofisticados mísseis terra-ar.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
O governo ucraniano e agências norte-americanas dizem que o míssil parece ter sido disparado de território controlado por separatista pró-Rússia. Os rebeldes afirmam que não possuem armas capazes de atingir um avião naquela altitude.
Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia por ter fornecido o sistema de mísseis Buk para os rebeldes, acusação negada por Moscou.
As caixas pretas estão sendo analisadas no Reino Unido depois de terem sido entregues pelos rebeldes para autoridades malaias, na semana passada.
Especialistas em segurança aérea dizem que os dispositivos a bordo do avião são versões antigas dos sistemas de gravação e devem fornecer apenas informações limitadas no que diz respeito à sequência de eventos ocorridos após o suposto míssil ter atingido o avião.
Tanto o sistema de gravação de dados do voo quanto o de gravação de voz na cabine foram produzidos em meados da década de 1990, antes de os reguladores exigirem que tais dispositivos em novos jatos incluíssem memórias maiores, mais velocidade de gravação e baterias de reserva no caso de falha repentina dos sistemas elétricos.
Por essas razões, os investigadores podem acabar com dados incompletos sobre os segundos imediatamente posteriores ao impacto do míssil e registros de voz da cabine mostrando muito pouco além dos sons do impacto. Fonte: Dow Jones Newswires.