Mais de um terço das crianças e dos adolescentes da América Latina não têm acesso a água potável, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o relatório, elaborado em conjunto entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), apenas um em cada quatro adultos enfrenta o mesmo problema.
O documento afirma que o problema de acesso a saneamento básico é ainda mais grave. O levantamento revela que 42,7% das crianças e adolescentes da região não tem acesso (ou tem acesso inadequado) a saneamento básico. Essa proporção é de 36,7% entre os adultos.
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Em ambos os casos, a situação é mais crítica para crianças menores de cinco anos, que vivem em populações rurais e que são afrodescendentes ou indígenas.
A falta de acesso a água potável ameaça cerca de 21 milhões de crianças com menos de cinco anos na região. Nicarágua, Honduras e Bolívia são os países onde a situação é mais grave, segundo a ONU.
"Milhares de casos de mortalidade infantil e desnutrição poderiam ser evitados a cada ano se o acesso (a água potável) fosse melhorado substancialmente", afirma o documento.
Em novembro de 2006, um relatório da ONU pediu um aumento nos investimentos para melhorar o acesso a água potável nos países em desenvolvimento.