A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, denunciou hoje que sítios arqueológicos na Síria estão sendo saqueados "em escala industrial" e que os rendimentos destes saques estão sendo usados para financiar os extremistas do Estado Islâmico.
Irina falou sobre o crime em Sófia, capital da Bulgára: "Imagens de satélite mostram sítios arqueológicos na Síria com centenas de escavações ilegais, que revelam que há saques em escala industrial".
O grupo Estado Islâmico tem justificado a destruição de relíquias históricas com o propósito de eliminar representações e locais de culto nos territórios da Síria e do Iraque.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
No início de setembro, no dia 4, o chefe de Antiguidades Sírias, Maamun Abdulkarim, denunciou que o grupo extremista Estado Islâmico explodiu pelo menos três das famosas torres funerárias de Palmira, no chamado Vale dos Túmulos, no deserto sírio.
A 23 de agosto, os 'jihadistas' destruíram com explosivos o templo de Baal Shamin em Palmira. Alguns dias antes, executaram o arqueólogo responsável pelo patrimônio da cidade, Khaled al-Assaad, de 82 anos.
O conflito sírio, iniciado em março de 2011 com protestos contra o regime de Bashar al-Assad, já matou mais de 240 mil pessoas, após disputas em várias frentes por diversos grupos armados.