O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestaram apoio à medida adotada pelo Governo do Estado que impede a entrada de soja sem certificação no Paraná.
Ambos telefonaram ao governador Roberto Requião na manhã apoiando os esforços que têm sido feitos para cumprir a Lei Federal 10.688, de 13 de junho de 2003. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também elogiou a decisão de Requião na última terça-feira (21). O Paraná é o único Estado brasileiro a cumprir a legislação até o momento.
O vice-governador e secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, reafirmou nesta quarta-feira (22) que o Paraná vai reforçar a fiscalização em todas as barreiras para impedir que cargas de soja sem certificação entrem no Estado. Os carregamentos sem a documentação serão barrados ou passarão por testes realizados pelo próprio Governo do Estado.
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"Não vamos diminuir em hipótese nenhuma o nosso trabalho. Pelo contrário, vamos potencializar a fiscalização e tornar nosso trabalho mais minucioso", garantiu Pessuti. Cerca de mil caminhões foram parados nas fronteiras do Paraná.
Os testes que serão realizados a partir desta quinta-feira (23) são chamados "Trait testing" e são específicos para identificar sinais de transgenia em plantas e grãos. "O teste é colorimétrico e seus resultados são qualitativos.A avaliação é feita pelo processo de maceração e o resultado sai em cinco minutos", explicou o secretário. No ato, a carga que apresentar sinal ou até mesmo suspeita de transgenia será barrada.
Em casos negativos, a entrada no Paraná será permitida. O teste será pago pelo Governo do Estado. Em relação à hipótese do Governo do Mato Grosso do Sul entrar na Justiça contra a decisão paranaense, o governador Roberto Requião lembrou que a lei que o Paraná está cumprindo é federal. "Portanto o governador do Mato Grosso do Sul deverá processar o governo federal e não o Paraná", disse.