A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, apelou hoje (29) para que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) abandonem as armas e libertem todos os reféns. Ashton disse que a União Europeia está disposta a colaborar com o governo colombiano para encerrar o clima de guerrilha e estabelecer a paz no país.
O apelo do bloco ocorre três dias depois de integrantes da guerrilha matarem quatro reféns com tiros na cabeça, sendo que um deles foi atingido também nas costas. Após as mortes, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, prometeu endurecer o combate às Farc.
"Apelamos às Farc para deixar as armas e se unir ao processo político de reforma e modernização da Colômbia", disse Ashton, em comunicado. "A Colômbia pode contar com o apoio da União Europeia na missão para pôr fim à violência e procurar uma paz duradoura no país."
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Ashton condenou os assassinatos dos militares, os quais classificou de "brutais". "[Apelo pela] libertação imediata de todos os reféns que ainda estão mantidos em cativeiro", diz o comunicado.
Há cerca de 50 anos, a Colômbia é palco de conflitos armados envolvendo as guerrilhas, as Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN), além de milícias paramilitares de extrema direita, o Exército e narcotraficantes.
Os assassinatos, no último sábado (26), ocorreram três semanas depois da morte do líder das Farc, Alfonso Cano. Ele foi substituído por Timoleón Jiménez, conhecido como Timochenko. Na primeira mensagem como novo líder das Farc ele afirmou que "todos terão de morrer" para que se dê a guerrilha como vencida.
A estimativa é que as Farc mantenham sob seu poder mais de 8 mil reféns. São homens, mulheres e há suspeitas de adolescentes e crianças, além de muitos militares. Um dos casos emblemáticos de atuação das Farc foi o sequestro de Ingrid Betancourt, ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia, resgatada em 2008.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.