O comércio brasileiro começa a investir em novos canais de venda para aumentar sua área de atuação geográfica, ganhar novos consumidores e elevar sua participação de mercado.
Segundo informações do Portal do Agronegócio, a tática prioriza os canais de comércio eletrônico e venda direta, considerados, pelos empresários, os mais atrativos devido a fatores como baixo valor de investimento e grande área de abrangência. Atualmente, 600 novas empresas estão com pedidos para ingressar na E-bit , que representa o comércio eletrônico no Brasil. No ano passado, foram 450 que entraram com pedidos. Hoje, 1.600 lojas já vendem pela Internet no País. Grande varejistas, como o Carrefour , estudam o início de operações no comércio eletrônico.
Enquanto distribuidores como Rogê , Geolife e Cervejasnet investem na venda pela Internet, empresas de turismo como a WOW! e indústrias como Nestlé focam na venda porta-a-porta para ampliarem o número de consumidores. Os varejistas também planejam táticas semelhantes. A Marabraz , com forte atuação no Estado de São Paulo no ramo de móveis e eletros, criou, em abril deste ano, uma página própria na Internet e prevê nas próximas semanas, a implantação de terminais virtuais dentro das lojas.
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Abranger novos canais também está entre os planos da rede de móveis e eletros Casas Bahia , líder do setor no Brasil e que começou suas atividades na área de venda direta. A empresa programa sua entrada no comércio eletrônico a médio prazo.
"Esta é uma tendência estrutural do mercado. O comércio eletrônico oferece ao empresário a possibilidade de entrar em novos mercados e estar acessível por 24 horas a todo o tipo de clientela. Além disso, é o canal que mais cresce no País. Só no primeiro semestre deste ano, o setor movimentou R$ 1,750 bilhão, crescimento de 79% ante 2005", diz Pedro Guasti, diretor geral da Ebit.
Esta abertura de mercado começa a ser sentida por Rogerio Cost, sócio e gerente da distribuidora da bebidas gaúcha Cost , que possui 50 anos de mercado. Em julho deste ano, a empresa criou um canal de venda virtual específico para a comercialização de cervejas, o Cervejasnet, que conta com um mix de 93 produtos, sendo 60% importados. "A Internet possibilita que atendamos um mercado que até então era inviável dentro da nossa estrutura, apesar de nossa estrutura ser no Sul", diz.