O Vaticano pretende divulgar um documento reiterando que a única Igreja de Cristo é a Igreja Católica e, com isso, confirmará a declaração ''Dominus Iesus'' do ano 2000, que suscitou fortes polêmicas no mundo cristão. A revelação foi feita nesta sexta-feira (06) pela imprensa italiana.
Segundo a agência I-Media especializada em notícias do Vaticano, este documento da Congregação para a Doutrina da Fé - antigo Santo Ofício - será publicado no dia 10 de julho. Este texto voltará a afirmar que a Igreja de Cristo está ''realmente e unicamente na Igreja Católica'', segundo Il Giornale.
O objetivo é combater ''o relativismo eclesiológico'', condenado pelo papa Bento XVI, segundo o qual todas as igrejas que dizem fazer parte do cristianismo têm o mesmo nível de verdade ou que cada uma delas não tem mais que uma parte dessa verdade.
Antes de se tornar Papa com o nome de Bento XVI, o cardeal Joseph Ratzinger presidia a Congregação para a Doutrina da Fé, e a declaração ''Dominus Iesus'' foi divulgada sob sua responsabilidade.
Leia mais:
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Essa declaração, segundo a qual apenas a Igreja Católica dispõe de todos os meios de salvação, causou comoção em meio às igrejas protestantes, classificadas de simples ''comunidades eclesiásticas'' pela ''Dominus Iesus''.
Il Giornale informa que a declaração a ser divulgada pelo próximo documento do Vaticano se refere a uma frase do texto do Concílio Vaticano II ''lumen gentium'' (a luz das nações, sobre a missão universal da Igreja), que afirma que a única Igreja de Cristo ''subsiste'' na Igreja Católica.