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Dia D na Venezuela

Venezuelanos escolhem novo presidente

Redação - Bonde
02 dez 2006 às 17:17

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, 52, tenta reeleger-se como chefe de governo na eleição presidencial deste domingo. Controverso, Chávez usa o discurso anti-EUA e sua relação com Fidel Castro como ''cabos eleitorais'' para se manter no palácio de Miraflores. Confiante, ele dedicou ontem sua possível vitória ao líder cubano.

Ex-oficial militar, Chávez está há oito anos no comando do país e é considerado o defensor dos pobres. Ele tem aparecido, cada vez mais como um ícone revolucionário, um ''novo libertador da América Latina frente ao poder hegemônico dos EUA.''

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Cerca de 16 milhões de venezuelanos vão às urnas escolher o presidente que dirigirá o país entre 2007 e 2013. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, 11 mil postos eleitorais estão montados em todo o país e, devido a novas tecnologias implantadas, o tempo de votação de cada eleitor deve ser de um minuto e vinte segundos.

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O sistema eleitoral da Venezuela prevê um único turno para as eleições presidenciais, por isso, o candidato que obtiver mais votos - sem importar o índice de participação dos eleitores -, governará o país entre 2007 e 2013. A previsão é de que os resultados saiam entre domingo à noite e a manhã de segunda-feira.

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Pesquisas indicam vitória de Chávez por 52% dos votos. Seu principal opositor, Manuel Rosales, obteria 25,5% dos votos. Especialistas acreditam que a abstenção fique entre 30% e 40%.


Confiante, Hugo Chávez disse que sua vitória eleitoral vai ''assombrar o mundo''. O presidente afirmou dedicar a vitória a seu ''pai revolucionário'', Fidel Castro.

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Se ganhar, Chávez pretende promover uma reforma para que o chefe de Estado possa exercer mais que dois mandatos consecutivos, como dita a atual lei venezuelana. A oposição rejeita a intenção de Chávez, vista como barreira para a democracia no Executivo.


Normas eleitorais - A nova Constituição do país determina que o voto seja eletrônico e sob um sistema automático, imposição que foi questionada pelos partidos oposicionistas.

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Outra norma muito criticada é a obrigação de o eleitor passar por uma máquina de identificação da impressão digital antes de votar - medida que, segundo o Congresso, visa evitar que seja burlado o princípio de que cada eleitor vote uma só vez.


O Ministério venezuelano do Interior proibiu a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em todo o país desde ontem até o anúncio oficial do resultado eleitoral.

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Além da ''Lei Seca'', manifestações públicas, concentrações de pessoas e ''quaisquer atos similares que possam prejudicar o desenvolvimento da votação'' também foram proibidos.


Memória - Chávez se elegeu pela primeira vez em 1998. Marcado pelo tom populista, seu governo sobreviveu a diversas crises políticas e a um breve ''golpe'' promovido pela Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e pela Fedecámaras [principal associação empresarial do país].

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A promessa de Chávez quando chegou ao poder era erradicar a miséria e a corrupção no país, por meio do que chama de revolução bolivariana. Ele toma como seu inspirador Símon Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos.


Internamente, Chávez tomou medidas polêmicas e enfrentou diversas greves e o acirramento da oposição. Em 2001, decretou uma lei que permitia a expropriação de terras improdutivas acima de 5 mil hectares e outra que aumentava os royalties pagos por empresas estrangeiras pela exploração do petróleo.


Posteriormente, para afastar uma eventual invasão externa, demonstrou sua intenção de aumentar o poder bélico da Venezuela. No ano passado, Chávez comprou 100 mil fuzis Kalashnikov do governo russo e 40 helicópteros blindados, no valor de US$ 174 milhões. Em julho deste ano, a Venezuela firmou com a Rússia um contrato de US$ 1 bilhão para a compra de armas e equipamentos militares.

Das Agências


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