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Laços sino-americanos

Xi Jinping e Rex Tillerson dispostos a trabalhar por aproximação China-EUA

France Presse
19 mar 2017 às 10:11

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O presidente chinês, Xi Jinping, e o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, se comprometeram neste domingo em Pequim a trabalhar juntos para fortalecer os laços entre os dois países, após uma nova provocação da Coreia do Norte.
Xi se reuniu com o chefe da diplomacia americana horas após o anúncio do teste de um novo motor de foguete pela Coreia do Norte, que quer se dotar de mísseis intercontinentais capazes de atingir o território dos Estados Unidos. Esse teste foi claramente programado para coincidir com a chegada no sábado a Pequim de Tillerson. Não se sabe se Xi e Tillerson falaram diretamente sobre a Coreia do Norte. Xi mencionou, no entanto, a sua conversa por telefone no mês passado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual este último se comprometeu a não manter relações oficiais com o governo de Taiwan, ao contrário do que havia dado a entender após ser eleito, no dia 8 de novembro.
"Tanto ele quanto eu pensamos que devemos fazer esforços conjuntos para avançar na cooperação sino-americana", disse Xi Jinping. "Acreditamos que podemos agir para que a relação (bilateral) avance de maneira construtiva na nova era. Acho que, enquanto fizermos isso, nossa relação poderá avançar na direção certa", considerou.
- Escudo antimísseis -Antes de Pequim, Tillerson esteve em Tóquio e Seul, onde insistiu que os Estados Unidos não prosseguirão com sua política de "paciência estratégica" ante Pyongyang, e acrescentou que a opção militar está "sobre a mesa" diante das ameaças da Coreia do Norte. A China, única aliada da Coreia do Norte, pede, por sua vez, diálogo com o regime comunista norte-coreano.
As relações entre Pequim e Washington ficaram tensas recentemente pela implantação por parte dos Estados Unidos de um escudo antimísseis na Coreia do Sul, que a China considera como uma ameaça a sua soberania. A China esteve na mira de Donald Trump durante sua campanha eleitoral, e o bilionário acusou Pequim de ter "roubado" milhões de empregos nos Estados Unidos. Também ameaçou impor direitos aduaneiros sobre as importações de produtos chineses. No entanto, Tillerson adotou em Pequim um tom muito mais conciliador. "Sabemos que, através do diálogo, chegaremos a uma melhor compreensão que levará a um reforço dos laços entre a China e os Estados Unidos e definirá o tom para a nossa futura relação de cooperação", declarou Tillerson ao seu anfitrião, que havia acabado de recebê-lo no Palácio do Povo, na praça Tiananmen.
- 'Vitória histórica' - Horas antes, a Coreia do Norte testou um novo motor de foguete na presença de seu líder, Kim Jong-un. "O mundo perceberá muito em breve a importância da vitória histórica que alcançamos hoje", destacou Kim Jong-un, citado pela KCNA, a agência de notícias norte-coreana. Os motores de foguete pode ser facilmente reutilizados para impulsionar mísseis, e observadores externos dizem que o programa espacial de Pyongyang em matéria de lançamento de satélites é, na realidade, um disfarce para testes do âmbito militar. Horas antes de sua reunião com Xi Jinping, Rex Tillerson prometeu trabalhar com a China para persuadir Pyongyang a colocar fim ao seu programa nuclear. Várias resoluções internacionais proíbem a Coreia do Norte de prosseguir com programas balísticos e nucleares. Apesar disso, Pyongyang realizou dois testes nucleares no ano passado.
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