O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, considera que a luta pela restituição ao poder pode ser longa e ressaltou a falta de diálogo do Governo de fato de Roberto Micheletti, disse neste domingo, 4, Rasel Tomé, um de seus assessores.
"O presidente segue firme na luta, que pode ser longa. Mas o objetivo principal é o respeito à democracia", disse Tomé, companheiro de Zelaya na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde o governante está desde 21 de setembro. Segundo Tomé, Zelaya e sua mulher, Xiomara Castro, estão bem na sede diplomática brasileira, isolada por militares e policiais.
O assessor ressaltou que pelo fato de nesta segunda-feira a resistência completar 100 dias se mantém firme à reivindicação ao regime golpista de retomar o diálogo e "retirar os militares do entorno da embaixada do Brasil, por fim aos assassinatos, à tortura e à repressão".
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Se não forem respeitados os três pontos básicos da proposta pelo presidente, não será reconhecido o processo eleitoral, marcado para 29 de novembro, acrescentou Tomé.
Segundo Carlos Eduardo Reina, Zelaya propôs a aprovação do Acordo de San José, mudanças na proposição do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, e por último, que todas as mudanças sejam cumpridas com a fiança nacional e internacional. "Até agora não vimos vontade do Governo de fato de Micheletti de querer assinar o Acordo de San José", afirmou.